14 de setembro de 2012

Surto de ebola está fora de controle

Organização afirma que epidemia está se espalhando rapidamente e pode atingir cidades próximas à capital Kinshasa, na República Democrática do Congo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado dizendo que o surto de ebola no nordeste da República Democrática (RDC) do Congo está fora de controle. Segundo a agência, em relatório divulgado nesta quinta-feira, há risco de a doença se espalhar para as grandes cidades da região, inclusive a capital Kinshasa.

"A epidemia não está sendo controlada. Pelo contrário, a situação é muito, muito séria", afirmou Eugene Kabambi, porta-voz da OMC na RDC, em entrevista à Reuters. "Se nada for feito agora, a doença vai chegar a outros lugares. Até as grandes cidades estão ameaçadas", completou.

Até o momento, as cidades mais afetadas são Isiro e Viadana, no noroeste da RDC. O número de vítimas chegou a 31 na semana passada. Em Uganda, no país vizinho, cerca de 14 pessoas já morreram. Os casos, no entanto, não estão relacionados.

A origem da epidemia na República Democrática do Congo, segundo a OMS, está no consumo de carne contaminada nas florestas da região. O ebola causa uma febre hemorrágica, frequemente fatal. O vírus foi descoberto pela primeira vez em 1976 no antigo Zaire, no atual território congolês. Não há vacina ou tratamento desenvolvido.

Fonte - iG

"A carne nunca foi o melhor alimento; seu uso agora é, todavia, duplamente objetável, visto as doenças nos animais estarem crescendo com tanta rapidez. Os que comem alimentos cárneos mal sabem o que estão ingerindo. Freqüentemente, se pudessem ver os animais ainda vivos, e saber que espécie de carne estão comendo, iriam repelir enojados. O povo come continuamente carne cheia de micróbios de tuberculose e câncer. Assim são comunicadas essas e outras doenças." - Ciência do Bom Viver, pág. 313
 

27 de julho de 2012

Meninas de seis anos querem ser “sexy”


Eu estava na fila de espera de um restaurante. Na minha frente, uma família com três meninas por volta dos 7 ou 8 anos. Elas deviam ser primas e, entediadas enquanto esperavam pela mesa, pegaram os óculos escuros das mães para brincar.  Sem nada melhor para fazer, eu observava as meninas, até que uma delas disse: “Olha, eu acho que esse óculos me deixa mais sexy”. Achei estranho aquela frase sair da boca de uma menina tão nova. Simplesmente não combinava. Mas aí o garçom apareceu, a fome era grande e eu deixei a história para lá. Lembrei da cena porque hoje cedo vi uma notícia no site Jezebel sobre uma pesquisa feita com meninas entre 6 e 9 anos. Psicólogos mostraram a imagem ao lado e fizeram quatro perguntas para as garotas: Qual delas se parece com você? Com qual delas você quer se parecer no futuro? Qual é a mais popular? Com qual delas você gostaria de brincar?



A versão periguete da boneca dominou as respostas: 68% das meninas querem ser iguais a ela, e 72% acreditam que a boneca com trajes de gosto duvidoso é a mais popular na escola. As poucas meninas que escolheram a boneca de calça jeans tinham duas características: normalmente praticavam esportes e tinham mães atentas, que não as proíbem de ver TV, mas fazem questão de instruí-las sobre o que estão assistindo. 


Acho que esse resultado nos mostra algo. É claro que a TV não é a única influência dessas meninas, mas talvez o bom exemplo, o cuidado e a educação dentro de casa sejam suficientes para evitar comportamentos estranhos e precoces, além de muito mau gosto na hora de se vestir.


17 de julho de 2012

Estilista cristã desenvolve linha de “maiôs evangélicos”


Uma estilista cristã canadense desenvolveu um “maiô evangélico”, que preserva a intimidade não marcando as curvas do corpo. Crystal Hyben afirmou em entrevista ao Huffington Post que a linha de maiôs evangélicos Simply Modest (em tradução literal do inglês, “simplesmente modesta”) cobre as coxas, barriga, busto e parte do ombro. A estilista diz que o motivo de desenvolver o maiô com esse formato está ligado à sua vontade de exaltar a Deus e preservar seu corpo para o futuro marido: “Eu escolhi me cobrir porque quero glorificar a Deus com meu corpo, e me cuidar para meu futuro marido, se eu vier a me casar”, declarou Crystal.

O tema modéstia para sua marca de maiôs evangélicos foi escolhido por seu princípio de preservação da intimidade: “A modéstia sempre foi importante para mim, pois acredito que nossa sexualidade é um dom incrível de Deus, é algo que deve ser protegido, não colocado em exposição para ser vista por todos os olhos”, pontua.

design escolhido pela estilista gerou comparações com a burca, tradicional vestimenta islâmica usada por mulheres adeptas da religião e recebeu apelido de “Burquíni”.

16 de julho de 2012

Modéstia: A flor das etiquetas



Resgate de uma virtude que abrange mais que vestimenta e inclui homens e mulheres.
Recentemente, Wend Shalit escreveu um livro intitulado O Retorno à Modéstia: A Virtude Perdida. A motivação para escrever esse livro surgiu quando a jovem autora se deparou com uma seita judaica que proibia o contato físico entre homens e mulheres, antes do casamento.
No entanto, o que mais a comoveu não foi a postura supostamente ultrapassada e pouco social de mulheres que mantinham o corpo todo coberto, resistindo a uma sociedade que atualmente se encontra impregnada com elementos sexuais. Ao contrário disso, Wend Shalit se viu espantada diante das amigas mais próximas que condenavam e discriminavam a modéstia revelada por essas mulheres.
Depois de empreender uma cuidadosa pesquisa em comunidades judaicas e islâmicas que se caracterizavam por manter elevado nível com respeito ao vestuário e ao comportamento sexual, Shalit chegou à conclusão de que a modéstia é um dom natural que as mulheres possuem. Segundo ela, a modéstia é uma excelente defesa que coloca a mulher fora do alcance de homens que não estão preparados para assumir um compromisso sério e que não estão dispostos a tratá-las com respeito.
As palavras de Shalit fazem eco à seguinte recomendação bíblica, feita pelo apóstolo Paulo: “Da mesma forma, quero que as mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição, não se adornando com tranças e com ouro, nem com pérolas ou com roupas caras” (1Tm 2:9).
Desde o início, a comunidade cristã primitiva levou a sério a modéstia. Tertuliano, autor cristão do segundo século, escreveu seis livros especialmente dedicados a esse assunto. Em um deles, recomendava que o cristão não se preocupasse tanto em vestir a toga, típica dos políticos romanos, mas preferisse o pálio, a roupa dos filósofos gregos.
Tertuliano também dedicou outro livro para expor conselhos sobre o modo como as moças solteiras deveriam se vestir. Finalmente, escreveu o livro Modéstia, cujo prefácio declara: “A modéstia é a flor das etiquetas, a honra de nosso corpo, a graciosidade dos sexos, a integridade de nosso sangue, a garantia de nossa descendência, a base de nossa santidade e o indício de que temos boa disposição.” Certo cristão anônimo disse que “a modéstia é o forte que guarda o castelo e o quadro que destaca a pintura”.
Portanto, existem boas razões para que nos vistamos com modéstia e recato. A modéstia faz parte da tradição cristã, embeleza a pessoa e protege nosso corpo da tentação e dos avanços de pessoas levianas.
No entanto, os princípios da modéstia não são a mesma coisa que uma série de regras legalistas impostas à mulher. Padrões de modéstia fazem parte da cultura de um povo e podem ser usados, com boa ou má fé, a fim de perpetuarem o domínio de certas pessoas sobre outras. Por isso, é preciso que a modéstia seja vista como reflexo de algo maior que a maneira de nos vestirmos, ou seja, deve incluir nossa fala e nossas intenções, bem como ser aplicada indiscriminadamente a homens e mulheres.
A modéstia começa no coração e, por essa razão, está sempre na moda diante de Deus.
Tânia M. L. Torres – Esposa de pastor e professora no Unasp, Engenheiro Coelho, SP.
Fonte: Sétimo Dia

Mulheres Missionárias

“Cristo fala nas mulheres que O ajudavam no apresentar a verdade a outros, e também Paulo se refere às mulheres que trabalharam com ele no evangelho. Mas quão limitada é a obra feita por aquelas que poderiam fazer uma grande obra, se quisessem!” Carta 31, 1894.

 “O Senhor tem uma obra para as mulheres da mesma maneira que para os homens. Elas podem ocupar seus lugares em Sua obra nesta crise, e Ele atuará por meio delas. Uma vez que se possuam do senso do dever, e trabalhem sob a influência do Espírito Santo, terão a posse de si mesmas que este tempo requer. O Salvador fará refletir a luz de Seu rosto sobre essas abnegadas mulheres, e dar-lhes-á poder que ultrapassa ao dos homens. Elas podem fazer nas famílias uma obra que os homens não podem fazer, obra que alcança a vida íntima. Podem chegar bem perto do coração daqueles que estão além do alcance dos homens. Seu trabalho é necessário.” Evangelismo 464-465

 “A mulher, caso aproveite sabiamente o tempo e suas faculdades, descansando em Deus quanto à sabedoria e à força, pode ombrear com seu marido como conselheira, companheira e coobreira, sem todavia nada perder de sua graça feminil e modéstia. Ela pode elevar o próprio caráter e, assim fazendo, está elevando e enobrecendo o caráter de sua família, e exercendo poderosa se bem que inconsciente influência nos que a rodeiam. Por que não havia de a mulher cultivar o intelecto? Por que não havia ela de corresponder ao desígnio de Deus em sua existência? Por que não podem elas compreender suas próprias faculdades e, reconhecendo que essas faculdades lhes são dadas por Deus, se esforçarem por empregá-las ao mais alto grau em fazer bem aos outros, em promover o progresso da obra de reforma, de verdade e bondade real no mundo? Satanás sabe que as mulheres têm um poder de influência para o bem ou para o mal; procura, portanto, alistá-las em sua causa.” Good Health, junho de 1880.

 Há, nos vários ramos do trabalho da causa de Deus, um vasto campo em que nossas irmãs podem fazer bom serviço para o Mestre. Muitos ramos da obra missionária são negligenciados. Nas diversas igrejas, muito trabalho muitas vezes deixado por fazer ou executado imperfeitamente, podia ser bem feito pelo auxílio que nossas irmãs, sendo devidamente instruídas, podem dar. Por vários ramos de esforços missionários domésticos, podem elas atingir uma classe não alcançada por nossos pastores. Entre as nobres mulheres que tiveram a coragem moral de decidir-se em favor da verdade para este tempo, muitas são dotadas de tato, percepção, boas aptidões, e que darão obreiras bem-sucedidas. Os esforços dessas mulheres cristãs são necessários. Review and Herald, 10 de dezembro de 1914.

Se você tem este pensamento ou já falou esta frase “Sou mãe, não tenho tempo para trabalho missionário...”, essas citações são para você.

Deus deu às mães, na educação dos filhos, uma responsabilidade que supera a tudo o mais.” Good Health, junho de 1880.

Seu primeiro dever é para com os filhos, buscando moldar-lhes o caráter a fim de que sejam felizes nesta vida e tenham garantida a vida futura, imortal.” Beneficência Social 166

“Necessitamos muito de mulheres consagradas que, como mensageiras de misericórdia, visitem as mães e os filhos em seus lares e os ajudem nos deveres diários da família, se necessário, antes de começarem a falar-lhes sobre a verdade para este tempo. Descobrireis que por este método tereis almas como resultado de vosso ministério.” Review and Herald, 12 de julho de 1906.

“Minhas irmãs, não vos canseis de distribuir a nossa literatura. Esta é uma tarefa na qual todas podeis empenhar-vos com êxito se tão-somente estiverdes associadas com Deus. Antes de vos aproximardes de vossos amigos e vizinhos ou de escrever cartas missionárias, levantai o coração a Deus em oração. Todo o que com humilde coração toma parte nesta obra está-se educando a si mesmo como obreiro aceitável na vinha do Senhor.” Review and Herald, 10 de dezembro de 1914.

“Podem as mulheres fazer um bom trabalho no campo missionário, escrevendo cartas a amigos, descobrindo assim os seus verdadeiros sentimentos em relação à causa de Deus. Muitos itens valiosos são trazidos à luz por este meio. Os obreiros não devem procurar a exaltação própria, mas apresentar a verdade em sua simplicidade, sempre que a oportunidade se apresente.” Signs of the Times, 16 de setembro de 1886.

“Maravilhosa é a missão das esposas e mães e das obreiras mais jovens. Elas poderão, se quiserem, exercer influência para o bem ou para o mal, em torno de si. Pela modéstia no vestir e equilibrado comportamento, podem dar testemunho da verdade em sua simplicidade. Podem deixar que sua luz brilhe diante de todos para que vejam suas boas obras e glorifiquem ao seu Pai que está no Céu. Uma mulher verdadeiramente convertida exercerá poderosa influência transformadora para o bem. Associada ao marido, ela pode ajudá-lo em seu trabalho e tornar-se um meio de encorajamento e bênção para ele. Quando a vontade e a conduta são levadas em sujeição ao Espírito de Deus, não há limite para o bem que pode ser realizado.” Manuscrito 91, 1908.

Leia: Atos 9:34-40

Ela [Dorcas] havia sido uma digna discípula de Jesus Cristo, e sua vida havia-se caracterizado por obras de caridade e bondade para com os pobres e atribulados e pelo zelo na causa da verdade. Sua morte era uma grande perda. A igreja nascente não podia sem prejuízo dispensar seus nobres esforços. ... Esta grande obra de dar vida à morta foi um meio de conversão de muitos em Jope à fé de Jesus. Spirit of Prophecy, vol. 3, págs. 323 e 324.

“Em Jope havia uma certa Dorcas, cujos hábeis dedos eram mais ativos que sua língua. Ela sabia quem necessitava de roupas confortáveis e quem necessitava de simpatia, e liberalmente ministrava às necessidades de ambas as classes. E quando Dorcas morreu, a igreja em Jope sentiu sua perda. Não admira que tenham chorado e lamentado, e que lágrimas ardentes hajam caído sobre o seu corpo inanimado. Ela era de tão grande valor que pelo poder de Deus foi trazida de volta da terra do inimigo.” Beneficência Social “A samaritana que conversou com Jesus junto ao poço de Jacó, mal achou o Salvador, levou outros a Ele. Mostrou-se mais eficiente missionária que os próprios discípulos. Esses nada viram em Samaria que indicasse ser ela um campo animador. Tinham os pensamentos fixos numa grande obra a ser efetuada no futuro. Não viram que mesmo junto deles estava uma colheita a fazer. Mas, por intermédio da mulher a quem desprezavam, toda uma cidade foi levada a ouvir Jesus. Ela levou mediatamente a luz a seus conterrâneos.” Ciência do Bom Viver 102

“Podemos dizer com segurança que a dignidade e importância da missão e deveres típicos da mulher são de caráter mais santo e mais sublime que os deveres do homem. ... Que as mulheres compreendam a santidade de sua obra e, na força e temor de Deus, assumam a sua missão.” Testimonies, vol. 3, pág. 565.

Deus chama como obreiras mulheres fervorosas, que sejam prudentes, bem-humoradas, ternas e leais ao princípio. Chama mulheres perseverantes que desejem desviar a mente do próprio eu e de suas conveniências pessoais e se centralizem em Cristo. ... Levantarão nossas irmãs para a emergência? Trabalharão para o Mestre? Testimonies, vol. 6, pág. 118.

23 de maio de 2012

Vogue bane modelos anoréxicas


Zegna, Prada, Yves Saint Laurent, Chanel, Jimmy Choo, Versace e Hermès. O que todas essas grifes têm em comum? Além do preço para poucos, todas terão de se enquadrar nas novas normas para modelos anunciadas por 19 edições internacionais da revista Vogue. O pacto entre os editores chefe das versões internacionais de banir as modelos magérrimas e anoréxicas (e jovens demais) foi promovido no editorial da edição de junho da Vogue britânica. “Como uma das vozes mais poderosas da indústria da moda, Vogue tem a oportunidade única de se engajar em temas relevantes onde pensamos que podemos fazer a diferença”, lê-se no editorial da revista desse mês (foto desse artigo).


A “Iniciativa da Saúde”, como está sendo chamada a série de medidas da Vogue, compromete-se a trabalhar com modelos que, na visão da revista, sejam saudáveis e ajudem a promover uma imagem saudável do corpo.

“Vogue acredita que boa saúde é beleza”, afirma o presidente da Condé Nast International – empresa que gerencia várias revistas de renome, como a The New Yorker e a Wired –, Jonathan Newhouse. “Os editores da revista querem que ela reflita os comprometimentos com a saúde das modelos expostas em suas páginas e com o bem-estar de seus leitores.”

As edições comprometidas com a mudança são: Alemanha, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Itália, Índia, Japão, México, Portugal, Rússia, Reino Unido, Turquia e Taiwan.
A iniciativa das 19 revistas Vogue consiste em seis pontos fundamentais. Confira:

Não trabalharão com modelos abaixo de 16 anos ou que aparentem ter uma desordem alimentar.

Pedirão para os agentes ficarem cientes desse fato e irão solicitar aos diretores de elenco que chequem as identidades das modelos em shows, campanhas ou seções de fotografia.

Ajudarão a estruturar programas de aconselhamento em que modelos maduras possam dar conselhos para garotas mais jovens.

Encorajarão produtores a criar condições de trabalho mais saudáveis nos bastidores, o que inclui respeito pela privacidade e opções saudáveis de comida.

Encorajarão designers a considerar as consequências dos tamanhos irrealistas (extremamente pequenos) de suas amostras de roupas, fato que limita o número de modelos que podem fazer campanhas para suas marcas e que encoraja o uso de modelos extremamente magras.

Serão embaixadores para uma mensagem de saúde.
A decisão da revista Vogue foi bem recebida pela indústria da moda e por seus leitores, mas vale lembrar que essa não é a primeira vez que essa indústria teceu esforços para combater desordens alimentares entre modelos. Em 2007, o Conselho Britânico de Moda recomendou que as modelos fossem escolhidas somente mediante certificado médico que comprovasse que elas não eram anoréxicas.

No mesmo ano, durante a Semana de Moda de Nova York, nos Estados Unidos, o Conselho Norte-Americano de Designers de Moda adotou medidas que restringiam a idade mínima das modelos e sugeriam mudanças no ambiente de trabalho.
Mas todas essas medidas abrem margem para discussão, pois, segundo especialistas, como a médica Cynthia Bulik, da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, não se pode dizer se alguém sofre de uma desordem alimentar somente a olho nu. “A frase ‘que aparente ter uma desordem alimentar’ não é clara o suficiente”, explica Bulik. “Como eles determinarão isso? Quem dará a palavra final? Quem na Vogue é qualificado para fazer esse diagnóstico?”, indaga a médica.
De acordo com a cientista da Carolina do Norte, uma modelo pode ter bulimia e ser completamente normal, inclusive tendo um peso regular.

E ainda existe outro ponto importante para ser levado em consideração. O banimento das modelos magras demais pode ser ilegal. Empregadores, como agências de modelos e revistas de moda, podem ser processados por violar leis federais – dependendo do país –, por discriminação contra pessoas doentes (anoréxicas e bulímicas).

Por isso, apesar da decisão da Vogue ter sido bem intencionada, ainda vai dar o que falar.






Nota: A iniciativa é válida, sem dúvida. Mas essas revistas também poderiam se comprometer com a saúde moral das pessoas, ou seja, promover um estilo de vida não apenas saudável, mas decente, discreto e de bom gosto. Mas aí creio que já é pedir demais...[MB]

7 de março de 2012

Jovem saudável é mais feliz do que o que bebe e fuma

O jovem que leva uma vida saudável é mais feliz do que aqueles que insistem em comer comida industrializada e manter hábitos ilegais para a sua idade, como consumir bebidas alcoólicas e fumar cigarros. É o que concluiu um levantamento com adolescentes de dez a 15 anos, realizado pelo Economic and Social Research Council, da Inglaterra. A pesquisa tem como base informações de um estudo de longo prazo realizado em 40 mil lares britânicos financiados pelo ESRC, que analisou as respostas de 5 mil jovens a respeito de seus comportamentos relacionados a saúde e níveis de felicidade. Os resultados mostraram que:

- Os jovens que nunca beberam qualquer bebida alcoólica tinham entre quatro a seis vezes mais chances de ter níveis mais elevados de felicidade do que aqueles que relataram algum consumo de álcool.

- Jovens que fumavam eram cerca de cinco vezes menos propensos a ter pontuações altas de felicidade em comparação com aqueles que nunca fumaram.

- Maior consumo de frutas e hortaliças e menor consumo de batatas fritas, doces e refrigerantes foram ambos associados com a alta felicidade.

- Quanto mais horas os jovens gastavam com esportes por semana, mas felizes eles apareciam.

Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Social e Econômica da Universidade de Essex, no Reino Unido, acreditam que os dados mostraram que os comportamentos não saudáveis, como fumar, beber álcool e o sedentarismo estão intimamente ligados com índices de felicidade mais baixos entre os adolescentes, mesmo quando fatores sócio-demográficos, tais como sexo, idade, renda familiar e escolaridade dos pais são levados em conta.

Ao menos, 12% dos jovens de 13 a15 anos de idade declararam que fumavam em comparação com 2% entre os de dez a 12 anos. Os números de consumo de álcool foram ainda mais impressionantes: 8% das crianças de dez a 12 anos de idade relataram ter tomado uma dose de bebida alcoólica no último mês, subindo para 41% entre os adolescentes de 13 a 15 anos.

A pesquisa mostrou também que entre os de 13 e 15 anos, quando os jovens têm mais autonomia sobre suas escolhas de estilo de vida, o consumo de alimentos torna-se menos saudável e o hábito de fazer exercícios se reduz.

Apenas 11% dos que tinham 13 a15 anos relataram o consumo de cinco ou mais porções de frutas e legumes por dia e mesmo entre os de dez a 12 anos de idade menos de um quinto relatou comer frutas e legumes na mesma proporção.

Cara Booker, um dos coautores da pesquisa, disse que a pesquisa mostra “que os jovens de qualquer espectro social não estão comendo alimentos saudáveis, nem tendo dietas equilibradas, e estão começando a consumir álcool na tenra idade”.

Ajudar os jovens a reduzir escolhas prejudiciais à saúde, como começar a tomar decisões independentes, são importantes para reduzir o número de adultos em risco de doença crônica e com pouca saúde relacionados com seus comportamentos.